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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

O Passeio do Quarto Ano

 

"Este livro é fruto das vivências espaciais dos alunos do quarto ano (turma 402) de 2023, da Escola Municipal Professor Waldyr Amaral Bedê, localizada em Volta Redonda, cidade do interior do estado do Rio de Janeiro. Construímos esse material juntos durante a realização do projeto de iniciação à docência Geografia com crianças: materiais didáticos que protagonizam os saberes dos professores e alunos, realizado pela Universidade Federal Fluminense - Instituto de Educação de Angra dos Reis, onde pude passar cinco meses, de agosto a dezembro, convivendo com os alunos. A construção do livro se deu a partir de suas brincadeiras, seus diálogos e suas formas de narrar o mundo."

São com essas palavras que Daniel Luiz Poio Roberti e  João Victor Costa de Oliveira abrem o livro O Passeio do Quarto Ano, um materal escrito coletivamente com as crianças de uma escola pública da cidade de Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro, Brasil. 

Que tal caminhar junto com eles? Conhecer os locais, as paisagens, os lugares por ondem andaram? Para isso basta acessar ou baixar o livro (acesso aberto) clicando AQUI .

Vamos lá?

Bom percurso!!!


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Atlas Cultural da Comunidade Quilombola Colônia do Paiol

 A Comunidade Quilombola Colônia do Paiol, se localiza no município de Bias Fortes, Zona da Mata de Minas Gerais. Apoiado pelo Projeto Quilombolagens, programa da FUNALFA, da Prefeitura de Juiz de Fora e em diálogo com o Projeto Geografias dos Cuidados na Primeira Infância em Comunidades Originárias e Tradicionais, foi lançado no mês de novembro de 2023 o ATLAS CULTURAL DA COMUNIDADE QUILOMBOLA COLÔNIA DO PAIOL - MEMÓRIAS E ANCESTRALIDADES NEGRAS EM TERRITÓRIOS REDES. O Atlas apresenta as tradições ancestrais dessa localidade em forma de textos e muitas imagens. A seguir algumas imagens desse território.

Todo material foi produzido e autorizado de forma conjunta com Associação Quilombola Colônia do Paiol (AQUIPAIOL)











Atlas de Pedologia

 Como resultado do pós-doutoramento de Cláudia da C. Guimarães Gomes, junto ao Programa de Pós-grauação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, com o apoio de seu bolsista de pesquisa Lucas Gonçalves foi organizado o Atlas de Pedologia. A Pedologia foi uma ciência criada por Oscar Krisch,an em 1920, a partir do livro Paydology- the sciencie of child e, como o próprio nome aponta, trata-se da Ciência da Criança. A ciência ganhou outros contornos nos estudos de L.S. Vigotski e, no Brasil, teve, também representantes, sendo um dos principais representantes os trabalhos de Clemente Quaglio. Seus escritos é o foco central da organização dessa obra. 



sexta-feira, 22 de julho de 2022

Sons da NATUREZA

 Acessem esse site:

https://earth.fm/

E confiram paisagens sonoras....

Att

Biblioteca Nacional Digital lança Dossiê de História da Ciência no Brasil

 Os temas dos textos se concentram entre o século XVII e começo do século XX. Esse recorte temporal se justifica para lançar luz sobre um período em que se acreditava que não havia ciência no Brasil

Em abril de 2006, a Fundação Biblioteca Nacional disponibilizou ao público o portal da Biblioteca Nacional Digital (BNDigital), uma ferramenta responsável por popularizar seus acervos e coleções. Para sua dinamização foram criados dossiês temáticos que ajudam os seus leitores a melhor navegar pelos documentos digitalizados. Após quase duas décadas de existência, é a primeira vez que a BNDigital apresenta um dossiê que traz uma nova área de estudos: a História da Ciência no Brasil.

O conteúdo foi concebido durante a pandemia de covid-19, momento que chamou a atenção pública para o papel da ciência na sociedade. Para atingir este lançamento, o grupo de pesquisa Território, Ciência e Nação do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) foi convidado para sua execução. Assim, uma série de artigos de seus pesquisadores, foi reunida para demonstrar as atuais inquietações e balizas teóricas e metodológicas da área.

Os interessados podem conferir estudos feitos não só de pesquisadores do MAST, mas também de outras instituições ligadas à temática. A organização do dossiê é da pesquisadora do MAST Moema Vergara e da bolsista Programa de Capacitação Institucional / CNPq do MAST Maria Gabriela Bernardino.

Os temas dos textos se concentram entre o século XVII e começo do século XX. Esse recorte temporal se justifica para lançar luz sobre um período em que se acreditava que não havia ciência no Brasil. Esta interpretação de nossa tradição científica costuma afirmar que ciência só ocorreu com o advento da universidade na década de 1930, antes o que havia eram atividades caracterizadas como pré-científicas. Na segunda metade do século XX, ocorreu uma renovação da área, com a entrada de profissionais das Ciências Humanas. Assim, começou a percepção da Ciência como uma empreitada coletiva, ligada aos interesses sociais e políticos da sociedade que a produz.

Apesar do esforço dos historiadores da ciência, ainda é lacunar a compreensão de nossa história da ciência nas escolas e cursos universitários, apesar do crescente número de pós-graduações na área. Espera-se que o estudo em apreço possa servir de referência para a história científica nacional, dando sua parcela de contribuição a esse importante debate acadêmico sobre tema de interesse público ainda relativamente pouco explorado e desenvolvido no Brasil.

O resultado desse trabalho está disponível na internet neste link.

Biblioteca Nacional com Ascom – Mast

Fonte: JCNotícias. Publicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

TV Cultura lança “Cientistas”, série que mostra os bastidores da produção científica feita pelo Instituto Butantan

 Com estreia no dia 28 de julho, às 19h30, os episódios mostram os diversos profissionais envolvidos na pesquisa e demais etapas


Num momento em que a ciência tem demonstrado, mais uma vez, sua importância e potencial de salvar vidas, a TV Cultura – em parceria com a Prosperidade Content - lança uma série documental de quatro episódios focada no trabalho incansável de pessoas que dedicam-se diariamente na busca de novas tecnologias e inovações no campo da saúde pública. São pesquisas com resultados inéditos, novas tecnologias com impacto direto na vida da população e laboratórios com nível de segurança biológica máximo. Estreia no dia 28 de julho, às 19h30.

 

Nessa primeira temporada, a série volta-se para o Instituto Butantan, o maior centro de produção de soros e vacinas da América Latina (75% das vacinas distribuídas pelo Programa Nacional de Imunização são produzidas pelo Butantan e Fiocruz) e o principal produtor de imunobiológicos do Brasil.

 

Com depoimentos de profissionais que trabalham no Butantan (como Fan Hui Wen, médica e gerente da produção do núcleo de soro; Carlos Alberto Jared, biólogo e pesquisador científico; Paulo Lee Ho, pesquisador do núcleo de vacinas bacterianas, entre outros), de médicos e infectologistas ligados a outras instituições científicas, cenas da captura de animais em campo (como cobras e sapos) e imagens de arquivo apresenta-se o nascimento, fortalecimento e reconhecimento do Instituto.

 

A trajetória desse centro, referenciado pelo seu trabalho de pesquisa e qualidade, está intimamente ligado à questão da saúde pública no país. Como conta o biólogo Paulo Lee Ho, no segundo episódio (Dos soros às vacinas), a criação do Butantan aconteceu no momento em que a peste bubônica estava deflagrada em Santos, entre os últimos anos do século 19 e início do 20. Era desse porto que se escoava a produção de café para o mundo e também era o local de chegada dos imigrantes. A doença, transmitida pela pulga do rato, estava matando muita gente e medidas de quarentena a navios vindos de alguns países europeus foram adotadas na ocasião, sob protestos.

 

Curiosa e tragicamente, vivemos momentos que se assemelham há mais de dois anos. A Covid-19 espalhou-se pelos cinco continentes e instalou uma pandemia. Diversos países passaram a se dedicar à pesquisa e produção de uma vacina para o enfrentamento à doença; o Butantan, inclusive. A Coronavac foi a primeira vacina contra a Covid-19 a ser aplicada no Brasil, em janeiro de 2021: foi desenvolvida pelo IB, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac e teve um papel crucial na imunização dos brasileiros.

 

Graças à equipe técnica do Butantan e à estruturação das plantas produtivas (entre os anos 80 e 90), não somente esta vacina pode ser produzida, mas também outras de fundamental importância para a sociedade, como a da Influenza, além dos soros — em larga escala e autossuficiência.

 

A Dra. Fan Hui Wen menciona a “produção sistemática e permanente” do IB e fala de serviços prestados à saúde pública “de um modo incontestável”. A Dra. Natalia Pasternak, Phd em microbiologia, fala do “papel importantíssimo” que cumpre. A Dra. Luana Araujo, infectologista e consultora em saúde pública global, fala de uma “história de respeito e admiração”. A Dra. Rosana Richtman, médica infectologista, menciona “afeto, orgulho e confiança” pela trajetória secular do Butantan.

 

Em Cientistas, também tem voz quem está no campo. No primeiro episódio, temos o biólogo e pesquisador Bruno Rocha da Silva e equipe em busca por cobras, numa fazenda em Ubatuba. Ele menciona a enorme biodiversidade da Mata Atlântica e seus principais instrumentos de trabalho: lanterna e pilhas recarregáveis. No episódio seguinte, é o biólogo Carlos Alberto Jared que conduz a narrativa e destaca a importância de um “cientista experimental ter conceitos evolutivos” para o entendimento (e encantamento) do processo adaptativos dos animais.

 

Serão 4 episódios, exibidos semanalmente, sempre com entrevistas e os locais de trabalho dos cientistas. Confira as pílulas:

 

Episódio 1

Episódio 2

Episódio 3

Episódio 4

 

Imagens de arquivo cedidas por

Centro de memória do Instituto Butantan, Comunicação do Instituto Butantan, Museu de saúde pública Emílio Ribas

 

Serviço

4 episódios de 30 minutos: exibição às quintas (estreia em 28/07), às 19h30; reprise aos sábados, às 22h

Exibição pela TV Cultura, suas retransmissoras e afiliadas, além dos subcanais de TV digital UNIVESP TV e TV Educação

 

Ficha Técnica

Criação, desenvolvimento e produção: Prosperidade Content

 

Direção executiva: Felipe Soutello

 

Direção dos episódios: Andre Ferezini

 

Produção Executiva: Luana Furquim

 

Roteiro: André Meirelles Collazzo e Vivian Brito

 

Assessoria de Imprensa TV Cultura


Fonte: JC Notícias - Publicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Alunos da USP criam podcast de “cantação” de histórias para crianças negras

 Ideia do programa disponível no Spotify é contribuir com o imaginário de crianças negras por meio de histórias cantadas, narradas por grandes figuras do cenário artístico e cultural brasileiro

No final do mês de maio estreou o podcast Calunguinha, produzido por Stela Nesrine, estudante de Educomunicação da Escola de Comunicações e Artes (ECA) , e Lucas Moura, aluno de Pedagogia da Faculdade de Educação (FE), ambas da USP. O projeto, que recentemente ficou entre os dez podcasts mais escutados do Brasil, foi um dos vencedores da Sound Up Brasil – iniciativa elaborada por uma das maiores plataformas de streaming do mundo, o Spotify, com o objetivo de incentivar produções de pessoas pretas e indígenas.

Nesta primeira temporada, os 12 episódios têm como foco figuras negras que sofreram apagamento histórico. O acesso à maioria dessas lendas estava restrito aos poucos documentos e relatos orais, mas, agora, elas chegam aos ouvidos de todo o País nas vozes de diversos artistas brasileiros.

O protagonista do enredo é Calunguinha, que é descrito pelos criadores do podcast como um garoto “pretinho e crespinho” que gosta de tomar chá enquanto ouve histórias. Em uma noite, a fumaça da bebida soprada pela mãe chega ao rosto do menino e o leva ao mundo dos sonhos, onde encontra seu avô. O ancestral, então, lhe entrega o livro Histórias para ninar crianças pretas, memórias para acordar pessoas brancas, que, segundo ele, “só vai ser vivo se você souber aquecê-lo com sua voz.” E é por meio dessas páginas, então, que a criança encontra os personagens pretos que viverão suas narrativas cantadas para a mãe antes de dormir.

 

A criação do podcast

Caetano, de 5 anos, filho da Stela e enteado do Lucas, é um dos pontos de partida para a criação de Calunguinha. Em uma noite de pandemia, quando o pequeno não queria dormir mesmo depois de ouvir diversas histórias e cantigas, ficou evidente para os adultos a necessidade de mais conteúdos para as crianças, especialmente as crianças pretas.

A partir de então, o casal começou rapidamente a esquematizar a proposta, para poder fazer a inscrição na Sound Up dentro do prazo. Stela conta que, além da ideia, eles não tinham mais nenhum material ou ferramenta para a produção, e que o projeto do Spotify foi imprescindível para esse suporte.

Ainda segundo a idealizadora, o podcast trouxe vontade de estudar mais, conhecer mais e se apropriar mais das tecnologias. Diante disso, Stela se interessou pelo curso de Educomunicação. “Me apaixonei por Educom e pela possibilidade de trabalhar com projetos passeando por várias linguagens artísticas, usando a comunicação para alcançar objetivos educacionais.” Ela acrescenta que o curso tem sido um espaço de incentivo importante para pesquisas que associam teorias, reflexões e “construção de projetos que tenham coragem de dar forma aos nossos sonhos coletivos.”

Já para o desenvolvimento dos roteiros, Caetano foi essencial. “Não existiria Calunguinha sem Caetano. Tudo é inspirador na beleza que é viver com ele: os aprendizados, as risadas, a sensibilidade do olhar pro mundo”, diz Lucas, roteirista e diretor do podcast.

Stela, que é responsável pela direção musical, acrescenta que também não haveria Calunguinha sem Marcelly Medrado, sua irmã mais nova, que dá voz ao protagonista. Além dela, Dudu Oliveira participa da obra como o avô Raimundo e Kleber Brianez interpreta o Capitão do Mato.

Vozes especiais

Além do elenco fixo, o podcast conta com participações especiais de diversos artistas da dramaturgia e da música brasileiras. A cada episódio, uma personalidade assume o papel do personagem com quem Calunguinha se encontrará.

No primeiro episódio, por exemplo, Lázaro Ramos dá voz a Malunguinho, líder do Quilombo do Catucá que possui uma chave mágica capaz de abrir qualquer coisa. Já Naruna Costa interpreta Teiniaguá, uma princesa moura que é confundida com uma pessoa escravizada, é perseguida e se transforma em uma lagartixa cuidadora da floresta.

Para acompanhar novidades e bastidores, siga as redes sociais do Calunguinha.

Jornal da USP

Por https://www.jornaldaciencia.org.br