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quarta-feira, 6 de maio de 2020

REVEDUC Chamada _ Dossiê Educação em prisões: experiências educativas, formação de professores e de agentes socioeducativos”

Edital de chamada de submissões para o dossiê “Educação em prisões: experiências educativas, formação de professores e de agentes socioeducativos” em 2021

 
No período de 01/05/2020 a 31/07/2020 a Revista Eletrônica de Educação (Reveduc-UFSCar) do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos estará recebendo submissões de trabalhos de autores interessados na temática “Educação em prisões: experiências educativas, formação de professores e de agentes socioeducativos”
Descrição do dossiê
A realidade do sistema prisional brasileiro apresenta-se caótica, marcada por inúmeras e constantes violações dos direitos básicos do homem. As prisões têm se constituído como espaço no qual a atuação estatal encontra-se reduzida, em termos de garantia da execução penal, caracterizando-se como um cenário de negligência e descaso. Considerando que o perfil das pessoas em privação de liberdade se constitui em sua maior parte de jovens de 18 a 29 anos, negros e com baixa escolaridade, temos nesse espaço a representação da exclusão de pessoas que sempre estiveram à margem de seus direitos. O Estado brasileiro, cada vez menos comprometido com as causas sociais, se faz presente na mídia, nos momentos pontuais de rebeliões anunciando desconhecimento das condições precárias de saúde, educação e moradia digna para os jovens e adultos que habitam, temporariamente, nesses espaços. Em tempos de pandemia esta ausência tem sido aviltante. O cometimento de um delito se constitui em afastamento do mundo social, do mundo doméstico – as pessoas ficam privadas do direito de ir e vir, mas têm todos os seus demais direitos garantidos por lei. Os processos educativos escolares e não escolares se constituem em direito constitucionalizado e relevante para a formação de pessoas jovens e adultas em privação de liberdade. O Dossiê que se propõe tem o desejo de aproximar pesquisadores do campo da educação, da formação e atuação de professores e demais agentes educativos para os espaços de privação de liberdade, tomando a escola como uma prática social que se articula com outras práticas educativas não escolares. As experiências pedagógicas instauradas no diálogo, na conscientização e na humanização são pilares para a formação das pessoas aprisionadas. Há que se destacar também, que em tempos de pandemia, os diferentes profissionais do campo da educação se debruçam em práticas alternativas do educar-se para o convívio e para a sobrevivência nos espaços de privação de liberdade. A formação de professores e demais agentes socioeducativos requer, nessa perspectiva, formação em conteúdos e em sensibilidades para os problemas sociais, para a inclusão e para o acolhimento de pessoas que retornam à sociedade dos chamados homens livres.
 
Publicado: 2020-04-30

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